Nesta segunda eu fiz um trabalho que nunca tinha visto ou imaginado fazer.
O professor André Brown pediu que amassassemos um papel e depois de amassado deveríamos abrí-lo, depois de aberto entraria em ação um giz de cera de lado para preencher o papel de uma cor só, depois disso, cada um deveria tentar descobrir no papel formas, desenhos, enfim, o que pudesse servir de inspiração para uma história, que poderia ser em quadrinhos.
No meu papel surgiu esse desenho, não me pergunte como mas ele estava lá.
Como eu não sei desenhar em forma de quadrinhos criei uma história como um livro, essa que conto agora:
A menina da gruta azul
Por: Roberta Campos
Na solidão da sua vida, triste frágil e nua, Nina encontrou na gruta azul um lugar de paz para sua loucura.
Entre pedras e cinzas uma borboleta surgiu, colorida e linda como nunca Nina viu.
Parada na pedra, acocorada sobra a mesma, envolta em suas lembranças Nina voa para o mundo da lua.
Gruta azul revela em Nina momentos de paz no coração pequeno da menina.
Nina-se Nina com a sua própria rima.
Adormece a menina ao som da água a rolar, acorda Nina, repentina, a vida não pára, o tempo não pára, é hora de voltar.
Voltar pra casa e suas dores, rever suas prendas seus amores, a brincadeira acabou é hora de voltar.
Vida dura da menina, dia-a-dia na lida infinda, não há flores em seus dias, não há luz no seu luar.
Nina não dorme, Nina não brinca, Nina não corre, Nina não rima, não tempo a pobre menina, não tem tempo de brincar.
Gruta azul ficou para trás, amanhã começa tudo outra vez, sol nascente, sol poente, calor infindo queimando a tez.
O tempo não pára e não respeita o coração de Nina, seus amores, suas dores, sua vida.
Pela fenda espreita a menina o mundo que não há fora da gruta azul.