Os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o significante precede e determina o significado
(Lévi-Strauss)
(Lévi-Strauss)
Ontem assisti a um filme que me deixou muito impressionada,
eu assisto filmes como expectadora, não sou crítica ou analista, só sento,
assisto o filme e pronto. Gosto de filmes que me fazem pensar; adoro pensar,
adoro debater e tentar entender o que muitas vezes pareço não entender em mim,
na verdade sei qual é o fundo de verdade das minhas inquietações, mas gosto
muito de dissolvê-las em palavras e confabular muito sobre tudo o que sinto.
A Origem ou originalmente Inception, com Leonardo Di Caprio é
uma obra de arte, o filme me prendeu de tal forma que fiquei grudada no sofá e
diversas vezes me peguei tão rígida que senti meu corpo doer pela ânsia de ver
o que iria acontecer a cada passo que a equipe dava pra quem não viu o filme,
ele fala obre sonhos e como construímos a realidade dentro deles; bom a meu ver
é isso, mas é muito mais do que isso é uma busca pela essência do ser,
descobrir o que há em nós que nós mesmos não sabemos o que é a realidade e o
que é o sonho?
No fim do filme tive a nítida sensação de que iria acordar e
tudo a minha volta não passaria de um sonho, só um sonho mais nada afinal.
Alguns podem dizer que o sonho é ter suas contas pagas no fim do mês,
ter saúde, paz, casa própria, tudo isso pode ser um sonho ou de outras formas
um pesadelo do qual qualquer um de nós pode desejar acordar de imediato, porém
eu vi muito mais do que isso depois do filme.
Comecei a me questionar com relação ao “sonho” que estou vivendo,
será que vivo o meu sonho ou vivo a “idéia” de um sonho inserido em mim!?
Essa idéia ainda está me corroendo a mente, voltei em conversas
com minha irmã e percebi que de algum modo, há algum tempo tive esse mesmo tipo
de pensamento, porém sem a mesma definição de agora. Comecei a pensar que
poderia estar vivendo um sonho onde os outros “atores” me indicam o caminho
dentro do meu labirinto e aí eu penso que vivo o que quero e o que sou, mas na
verdade vivo o sonho de alguém ou de várias “inceptions” realizadas ao longo de
minha vida e que guardo em minha mente; a minha infância e todas as memórias de
tudo que vivi.
Como mudar isso ou descobrir qual ou que é verdade!?
Vamos a Matrix; no diálogo entre o menino budista e o Neo vêm o dilema: posso ou não posso mover a colher!? Devo entender a verdade e, qual é a verdade? A verdade é que não há colher!
Será!?
O que eu entendo hoje como verdade?
A Bíblia diz em João 8:32
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Mas será que estamos prontos para conhecer a verdade!?
O que seria a verdade!? Em João 14:6 está escrito
"Disse-lhe Jesus:
Eu sou o caminho,
e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (grifos meus)
Já em Salmos 25:10
“Todas as
veredas do Senhor são misericórdia e verdade para aqueles que guardam a sua
aliança e os seus testemunhos.” (grifo meu)
Com tudo isso creio, pela fé que, não há outra verdade a não ser Cristo
Jesus, ou seja, eu devo ler mais a Bíblia, estudar mais os seus ensinamentos e
com isso, com certeza eu não terei mais essas dúvidas ou questionamentos sobre
“verdade”, ser, ou não ser; como ser humano, falho que sou, penso que há tanto
a ser “consertado” em mim e que, tenho uma imaginação tão sugestionável e tão fértil,
que por vezes me pego com um medo profundo de enlouquecer um dia!
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