No MEU LIVRO DE AVENTURAS eu falo sobre o que penso e o que sinto, não tenho pretensão de nada, só quero guardar alguns momentos de minha vida para relembrar depois.
domingo, 26 de agosto de 2012
Os cachorros da minha vida, uma lição de vida!
Esse lindo rapazinho sentadinho aí é o Fábio Toshigawa Campos de Jesus, vulgo Toshi para os íntimos (qualquer semelhança com o nome do ganhador do Hipertensão (2010), não é mera coincidência!).
Esse foi o meu "filho" perfeito, amado, o qual dedico "in memoriam" esta pequena escritura mas, antes disso, farei uma breve introdução.
A primeira "filha" de minha vida foi Pity (eu não conhecia a cantora quando dei o nome a esta), deve ter sido em 1992/93, ela era marrom, com uma mancha no peito branca. Eu ainda tinha muito medo dela, mesmo sendo miúda e tranquila, na verdade eu tinha medo de qualquer cachorro. Não deixava ela brincar de morder comigo etc e tal mas eu cuidava bem dela.
Um dia precisei me ausentar por uns tempos de casa e deixei na oficina de um vizinho junto com outros cachorros, na volta ela estava tão suja de graxa que nem parecia ela, magra, com muita coceira (sarna). Eu levei ao veterinário, cuidei dela e peguei sarna também e, é bem verdade, isso coça muito, muito mesmo!
Um dia eu a perdi, no rumo da vida ela se foi e aí veio Nana, pretinha vira-lata legítima, fogosa, muito agitada, tive de viajar ela ficou com uma pessoa que a amava muito e cuidou muito bem dela, graças á Deus.
Um dia nos deram Beethoven, esse era de raça, cheio de não me toques, já era adulto. A dona dava pão molhado no leite morno antes dele dormir, é claro que ele vomitou o carro todo antes de chegar em casa. Esse não ficou em casa 1 semana, foi para um sítio, ficou melhor lá, eu creio.
Fui obrigada a aceitar Uli na minha vida, dessa poodle, só pude escolher o nome, me tomaram o amor dela e ela me odiava mais que o próprio "cão"!
Parei com isso, a vida tomou tantos rumos, por vezes tortuosos que não pude mais tê-los comigo, não tive mais filhos por um bom tempo.
Num dia de sol, ganhei Abel, vulgo Abel, O chapeleiro (não me pergunte porque, hoje penso que foram alucinações de Alice). Esse era uma graça, pequinês, lindo!
Quando eu o conheci era uma bolinha de pêlos, cresceu, tomou forma, só faltava falar (as vezes parecia que ele faria isso e se fizesse um dia com certeza sairia correndo!).
Era tarado por doce de amendoim e bolo. Quando eu assava um bolo ele ficava de pé no fogão esperando esfriar.
Mais uma vez a vida deu muitas voltas (minha vida parece uma montanha russa de emoções, lugares e pessoas que passam por ela) e eu fiquei sem nenhum filho para amar.
Jurei pra mim mesma que não teria mais nenhum, eram tão doloridas as separações...
Tive meus filhos (de verdade, dois pra ser exata) e não pude mais ter meus pequenos filhos peludos até que um dia, quando minha vida parecia completa, ele apareceu, de verdade, ele apareceu.
Eu não esperava mas ganhei o "filho perfeito"!
Esse lindão da foto lá em cima, que logo teve nome de príncipe.
Um guerreiro samurai original! Um lutador nato, perfeito em tudo, postura, gestos, olhares, fidelidade.
Tudo isso não durou mais de 2 meses, a vida me pregou uma das piores peças que ela podia ter armado. Eu me apaixonei, ele adquiriu o lugar de destaque em nossos corações, mais do que um animal de estimação um filho, tão amado e tão desejado como os que sairão de mim.
Ele veio para nós doente, acometido de Cinomose ele se foi ainda filhote, não havia outra forma de ser. Foram tantas convulsões consecutivas que ele não sabia mais quem era e nem quem eu era, a mãe que ele acordava todos os dias de manhã com "beijos" nas mãos, quem ele recebia todas as noites com festa quando eu chegava do trabalho.
Eu dei fim a esse sofrimento com uma palavra e uma assinatura. Com um cheque depois de uma longa internação e a visita onde meu coração quase parou ao vê-lo perdido como eu o vi.
Eu acompanhei tudo do início ao fim!
Me despedi dele com uma oração, pena que não podemos fazer mais pois eu gostaria de ter dado um banho nele como fazia antes, gostaria de ter posto nele um perfume, quem sabe uma gravata mas não nos é permitido ter pelos animais os mesmos sentimentos que temos pelos seres humanos ou a mesma compaixão.
Chorei uns 15 dias ou mais. Ainda choro de vez em quando. Não assisti Marley e Eu todo porque comecei a chorar também mas, de tudo isso aprendi a maior lição da minha vida, tudo passa, por maior que seja a dor, tudo passa. Essa dor me fez crescer e entender isso. Tudo passa!
Beijos Toshi, mamãe te ama e sempre te amará, fique em paz, descanse em paz!
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